Autópsia pode ajudar a recolher ADN para identificar homicida do jovem de Braga
A autópsia ao jovem assassinado à facada, em Braga, na madrugada deste sábado, poderá ser decisiva para recolher ADN que permita identificar o autor do crime. Os inspetores da Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária de Braga devem participar, esta segunda-feira, na perícia médico-legal.
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Manuel de Oliveira Gonçalves, de 19 anos, solteiro, conhecido entre os amigos por "Manu", vivia em Braga e era aluno do 12.º ano na Escola Secundária Dona Maria II. Foi assassinado com diversas facadas, à porta do Bar Académico de Braga, na madrugada de sábado.
O crime de homicídio qualificado foi cometido pouco depois das cinco horas da madrugada. A ausência de imagens de videovigilância e de testemunhas oculares, dificulta as investigações. A autópsia ao cadáver poderá permitir, por exemplo, a recolha de vestígios que permitam chegar ao ADN do principal agressor, aquele que desferiu as facadas fatais, nomeadamente, se Manuel Gonçalves agarrou o assassino.
A recolha de parte superior das unhas da vítima e fazendo-se o respetivo raspado subungueal, uma técnica usada para recolher amostras de tecido, com as posteriores análises, no Laboratório de Polícia científica da PJ, em Lisboa, poderão revelar os dados identificativos de um dos autores das agressões. Os exames podem permitir a recolha de pele, cabelo ou pêlo do homicida.
Segundo o JN constatou, no próprio local do crime, peritos e inspetores da PJ Braga tentaram reconstituir os acontecimentos, sem o corpo da vítima no local. Manuel Gonçalves foi levado ainda com ainda com sinais de vida para o Hospital de Braga, onde o óbito foi depois confirmado.
Os inspetores e peritos da Polícia Judiciária procuraram "fixar" a vítima no último local da dinâmica do crime, para "representar" o sítio mais exato onde, concretamente, "Manu" ficou imobilizado e caiu.
A montante, embora se admita ter havido uma clara intenção de matar, deduz-se para já ter sido motivação do crime um motivo fútil, se é que tudo começou com a vítima a alertar para a colocação de uma substância alucinogénia na bebida de uma rapariga.