Um jovem, com 23 anos, está internado no Hospital de S. João, no Porto, após ter saltado do sétimo andar, esta quarta-feira, quando tentava fugir à PSP, na Maia. Já com historial de violência doméstica, sequestrava a namorada no quarto, onde a agredia. Nas costas de outras vítimas gravou o seu nome com uma faca.
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O casal, ela com 25 anos, conheceu-se, há cerca de cinco anos, na Anadia e, sem profissão conhecida, viveram em quartos arrendados nas cidades de Coimbra, Guarda e, agora, na Maia. Nunca pagavam renda, o que os obrigava a saltar de cidade em cidade.
Esta semana, a mãe da vítima foi queixar-se à PSP de Sintra, afirmando que a filha era vítima de violência doméstica. De imediato, as autoridades contactaram a Polícia da Maia que, ontem de manhã, fez deslocar uma equipa especializada ao apartamento, situado na Rua de Simão Bolívar, no centro da cidade.
Caiu nas traseiras
Foi o homem que, sem nada desconfiar, lhes abriu a porta. No entanto, quando dois agentes lhe disseram querer falar com a namorada em privado, percebeu o objetivo das diligências e, sem que nada o fizesse prever, correu em direção à janela da sala, que dá para as traseiras do prédio e saltou do sétimo andar.
Caiu no telhado de um imóvel contíguo, que por ter dois andares, diminuiu a altura da queda e, ao mesmo tempo, o material de que o telhado é composto, com painéis em sanduíche, amorteceu o impacto.
Foi socorrido no local e transportado ao Hospital de São João onde foi sujeito a uma intervenção cirúrgica. Esta quinta-feira foi de novo intervencionado e encontra-se internado com prognóstico reservado.
Namorada agredida também noutros relacionamentos
Também a namorada teve de ser conduzida ao hospital, onde se encontra internada, dada a gravidade dos ferimentos resultantes das agressões constantes e o seu estado impressionou os agentes.
Mal conseguia abrir os olhos e tinha hematomas em todo o corpo, conseguindo, mesmo assim, prestar algumas declarações. E a PSP ficou a saber que as agressões começaram logo no início da relação e que o suspeito a mantinha fechada no quarto.
Outros moradores no apartamento contaram aos agentes que ouviam os gritos da vítima, embora nunca tenham denunciado.
A Polícia, apurou, ainda, que a mulher já fora vítima de violência doméstica noutras relações e que desejava manter o relacionamento com o namorado.
Por seu lado, no cadastro do suspeito constam diversas acusações de violência doméstica com diferentes mulheres, havendo vítimas a quem ele gravava nas costas as iniciais do seu nome com uma faca.