A sede da Altice, dona da marca MEO, está a ser alvo de buscas, no âmbito de uma grande operação da Autoridade Tributária. Em causa estão suspeitas de crimes como falsificação, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, além de corrupção no setor privado.
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A investigação visa negócios e património imobiliário da antiga PT. Em causa estarão fraudes relativas à alienação de património imobiliário da antiga PT, situado em Lisboa, na zona de Picoas. Existem suspeitas de simulação de negócios de compra e venda de prédios, destinada a minimizar o pagamento de impostos ao Estado.
O número dois do grupo, o português Armando Pereira, está a ser alvo de buscas, na sua residência, no Minho. O homem estava a passar férias em Portugal. Outros dirigentes de topo também estão a ser alvo de buscas.
Os inspetores do Fisco também estão na sede da Altice, em Lisboa, para recolher documentação sobre a alienação de património.
"A Altice confirma que foi uma das empresas objeto de buscas pelas autoridades em cumprimento de mandado do Ministério Público no âmbito de processo de investigação em curso", disse, entretanto fonte da empresa de telecomunicações.
O inquérito é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que tem vários procuradores no terreno para acompanhar as buscas.
O Ministério Público veio, entretanto, a público avançar que em causa estão suspeitas de crimes de corrupção no setor privado, fraude fiscal agravada, falsificação e branqueamento.