Ministério Público acusa homem de 55 anos de tráfico de estupefacientes pela terceira vez. O suspeito contava com viaturas e duas mulheres para fazer entregas de cocaína e heroína no distrito.
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Já esteve duas vezes preso por tráfico de droga. Apesar disso, voltou a reincidir. Carlos Cardoso, de 55 anos e conhecido em Braga pela alcunha Liró, vai ser julgado no tribunal local. Segundo a acusação, dispunha de sete carros e duas motas para distribuir cocaína e heroína. Também contava com a ajuda de duas mulheres, que vão igualmente ser julgadas.
A acusação diz que, desde que foi posto em liberdade condicional, em outubro de 2018, até junho de 2021, o arguido dedicou-se à venda de cocaína e heroína. Foi detetado a fazê-lo 17 vezes.
Liró tinha a colaboração de Daniela, de 38 anos, e de Kelly, 41, também residentes em Braga. Entregava-lhes o produto para elas o distribuírem. E dispunha de sete carros e duas motas, que eram usados pelas mulheres para o transporte de pequenas quantidades, e recorria a 12 telemóveis, apurou a investigação.
O Ministério Público diz que o trio atuava em Braga, mas também em Prado, Vila Verde, e em Vieira do Minho, onde, em janeiro de 2021, Daniela foi apanhada com droga num porta-moedas. Dias depois, deixou cair outro porta-moedas numa pastelaria, em Ferreiros, Braga, e o mesmo também chegou às mãos da Polícia.
O traficante acabou detido em junho, na casa onde morava, em São Vítor, Braga. Na ocasião, foi-lhe apreendida droga, assim como automóveis, telemóveis e dinheiro.
O julgamento tem 38 testemunhas, presumíveis consumidores e clientes de Liró.
Este já foi condenado, em 2008 e 2013, a penas de sete anos e nove meses e cinco anos e dez meses.