O diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) reiterou esta sexta-feira de manhã que a segurança da comunidade académica "nunca esteve em causa" e que todas as atividades previstas devem realizar-se.
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Numa declaração sem perguntas, na sequência da detenção do jovem de 18 anos que estaria, alegadamente, a preparar um ataque, o diretor da instituição, Luís Carriço, defendeu que "adiar exames seria uma enorme imprudência".
"Não há quaisquer indícios que ponham em causa a segurança de todos nesta comunidade escolar", realçou, justificando, assim, a manutenção de todas as atividades académicas previstas.
Luís Carriço quis ainda deixar "uma mensagem de tranquilidade" aos alunos, afirmando que a faculdade tem disponível uma equipa de apoio psicológico preparada para responder a todas as solicitações. "A vida em Ciências continua e continuará com normalidade", concluiu.
Alunos queixam-se de provas não serem adiadas
Desde as 9 horas que dezenas de alunos da FCUL estão a realizar exames presenciais, incluindo de cadeiras do curso de Engenharia Informática, frequentado pelo suspeito. Vários estudantes de outras licenciaturas queixaram-se, ao JN, do facto de as provas não terem sido adiadas.
"Houve colegas que faltaram, porque os pais não os deixaram vir", garantiu Francisco Costa, a tirar Geologia. Filipe Cordeiro e Inês Rainha, do mesmo curso, concordam, ainda que, ressalva a estudante, seja preciso "confiar nas autoridades".
Segundo o diretor da FCUL, a instituição estará "atenta" à afluência e à "taxa de sucesso" dos exames. "Muitos de nós, a começar pelos nossos alunos, trabalhámos arduamente para os exames que hoje se estão a realizar e se vão realizar", afirmou Luís Carriço.