Um parecer da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) deu recentemente razão à queixa, por alegado assédio moral, apresentada pelo Sindicato Nacional das Polícias Municipais, em representação de cinco associadas da corporação de Sintra.
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As queixosas denunciaram comportamentos machistas e insultuosos no serviço, visando dois agentes do sexo masculino e o atual comandante da Polícia Municipal de Sintra, o major Manuel Lage. "São todas um banco de esperma ambulante" ou "andam todas refilonas porque estão com falta de peso de estarem com ele entalado, mas qualquer coisa um cavalo consegue dar o que elas precisam" são algumas das expressões atribuídas aos suspeitos.
Ao JN, a Câmara de Sintra, cujo serviço da Polícia Municipal funciona na dependência hierárquica direta do presidente da autarquia, diz que já impugnou, por "falta de fundamentação", o parecer da CITE. No entanto revela ter instaurado um inquérito para apurar os factos, tendo igualmente dado conhecimento à Inspeção-Geral de Finanças (IGF). Este último procedimento é o que se encontra legalmente exigido ao empregador público, sempre que tenha conhecimento de alegadas situações de assédio no trabalho. A Câmara deverá depois reportar à IGF as conclusões do processo de inquérito em causa, para que a situação possa ser avaliada e adotadas as diligências consideradas apropriadas.
O caso foi abordado na última reunião pública pelo vereador do Chega Nuno Afonso. Questionado sobre o assunto, o autarca Basílio Horta adiantou que o município aguarda a conclusão do respetivo inquérito. "Ainda não há decisão. Se houver um processo disciplinar e se o instrutor propuser a suspensão dos polícias será imediatamente definido", referiu o edil.