O homem, de 38 anos, acusado de ter ateado um incêndio florestal em Oliveira de Azeméis, que alastrou aos concelhos de Estarreja e Albergaria, confessou a autoria do crime, esta terça-feira de manhã, no Tribunal da Feira.<br/>
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O incendiário está acusado de cinco crimes de incêndio florestal cometidos em julho de 2022, entre os quais o do dia 13, em que foram consumidos mais de 2800 hectares e causados prejuízos superiores a quatro milhões de euros. "O incêndio do dia 13 fui eu, os outros não", afirmou o arguido de 39 anos, perante o coletivo de juízes.
"Fiz um molho de folhas e ateei o fogo com um isqueiro. Só ateei uma vez e estou arrependido por isso", disse, reiterando a inocência sobre os restantes incêndios de que está acusado: "Juro pela Nossa Senhora de Fátima que não fui eu!"
De acordo com a acusação, o incêndio do dia 13 de julho passado consumiu terrenos agrícolas, floresta, automóveis e unidades fabris. As autoestradas A1, A29, A25 e o Itinerário Complementar 2 (IC2) chegaram a estar cortadas durante várias horas devido ao fogo.
O arguido, que responde ainda por outros incêndios de menor dimensão, ocorridos no mesmo mês também no concelho de Oliveira de Azeméis, tem antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime. Em 2016, foi condenado a quatro anos, com pena suspensa, pela autoria de um incêndio florestal no ano anterior.