Dois homens, residentes no Algarve, foram detidos pela Polícia Judiciária por suspeitas de terem criado pelo menos 17 empresas de fachada, apenas destinadas a abrir contas bancárias, por onde circulava dinheiro obtido através de burlas informáticas. Usaram 18 identidades para poder abrir firmas.
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"Os detidos, cidadãos estrangeiros, procederam à criação de empresas e abertura de contas bancárias em território nacional, utilizando documentos de identidade forjados que, com diversos objetos e equipamentos ligados aos ilícitos, foram encontrados na sua posse no decurso de diligências de busca domiciliária e justificaram a sua detenção em flagrante delito", explicou a PJ de Faro.
Os investigadores acreditam que os detidos são operacionais de uma organização criminosa de caráter transnacional. O esquema de branqueamento passava pela abertura das contas bancárias em nome das falsas identidades que também serviam para figurar como gerentes das empresas. "Faziam circular fundos de proveniência ilícita, com origem em diferentes crimes, designadamente informáticos ou cometidos por meio informático", precisa a PJ.
Os dois homens, que poderão ter ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC) são suspeitos de associação criminosa, falsificação de documentos e branqueamento. Vão esta terça-feira ao primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Faro, para aplicação de medida de coação.