Defesa garante que tentou travar retirada de filhas à mãe após alegada mentira de técnicas
O advogado da mãe que em 2015 ficou repentinamente sem a guarda de três filhas após uma alegada mentira de duas assistentes sociais garante que, apesar de não ter recorrido da retirada das crianças, tentou travá-la de outra forma.
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"Não recorremos da decisão de retirada, porque foi em férias judiciais e [o processo] não era urgente. Por isso, avançámos com a providência cautelar, que foi indeferida pelo juiz. Dessa decisão recorremos", esclarece, ao JN, Gameiro Fernandes.
O mandatário de Ana Maximiano, que recuperou a guarda de uma das filhas em 2019 e das restantes em dezembro de 2021, lembrou, ainda, que, "ao longo processo", foram apresentados "recursos da incompetência territorial" (ou seja, da falta de legitimidade de um tribunal para decidir quanto a factos fora da sua área geográfica) e de outras decisões.
A informação de que nunca chegara a recorrer da retirada das filhas foi dada, na quarta-feira, pela própria Ana Maximiano, ao depor no julgamento das duas técnicas da Segurança Social em causa, no Tribunal Local Criminal de Cascais. "Tivemos de aceitar, se não eu não via as meninas", justificou Ana Maximiano, de 40 anos e assistente no processo.
As arguidas, de 50 anos, respondem por falsidade de depoimento ou declaração e denegação de justiça ou prevaricação, incorrendo, caso sejam condenadas, numa pena de multa ou de prisão. O julgamento continua a 30 de setembro de 2022.