Detido em Espanha britânico procurado por matar à facada colega de casa no Algarve
Um homem procurado pelas autoridades portuguesas por ter matado uma pessoa com 24 facadas no Algarve, em abril de 2022, foi detido em Espanha, anunciou, esta quinta-feira, a força policial espanhola Guardia Civil.
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O detido, de nacionalidade britânica, era alvo de um mandado de detenção europeu emitido por Portugal e a operação que levou à sua localização em Alicante, no sudeste de Espanha, resultou de uma colaboração entre a Guarda Civil, a agência britânica National Crime Agency (NCA) e a Polícia Judiciária portuguesa, disseram as autoridades espanholas.
Segundo a Guarda Civil, foi a NCA que alertou para a possível presença em Espanha do homem agora detido, que "estava a ser perseguido pelas autoridades portuguesas por delito de assassínio, contando com o apoio das autoridades britânicas".
O crime ocorreu em abril de 2022, no Algarve, no apartamento que o suspeito partilhava com a vítima, disse a Guarda Civil num comunicado em que explica que o homem detido em Espanha é acusado de ter matado a outra pessoa com 24 punhaladas, usando uma faca de cozinha como arma.
Para viver em zonas do sul e do sudeste de Espanha e escapar à polícia, o homem teve "apoio logístico da família e do seu grupo criminoso", além de ter aproveitado a "numerosa comunidade britânica" das zonas onde se escondeu "para dificultar a sua localização".
Foi detido após diversas tentativas e mobilização "de vários dispositivos policiais", acrescentou a Guarda Civil.
O homem aguarda na prisão em Espanha a entrega a Portugal, segundo o mesmo comunicado.
A NCA britânica revelou, num comunicado, que o detido tem 34 anos e matou outro homem britânico, de 22 anos, com quem partilhava casa em Albufeira.
O homem foi capturado em Espanha em 15 de setembro, após 17 meses de fuga, acrescentaram as autoridades britânicas.
Segundo a NCA, o detido já foi condenado a uma pena de 16 anos de prisão por um tribunal português em maio de 2023, mas apresentou recurso e enquanto aguardava a resposta foi libertado sob fiança em abril de 2024, por ter terminado o prazo máximo em que podia estar em prisão preventiva.
Foi então que "violou as condições da fiança imposta pelo tribunal e fugiu, desencadeando uma grande caçada envolvendo várias agências", até ser detido em Espanha este mês, acrescentou a NCA.
"Os agentes de ligação internacional da NCA coordenaram a troca de informações e dados entre as agências policiais" para localizar o fugitivo, disse a agência britânica, que refere em concreto a colaboração com a Guarda Civil espanhola e a Polícia Judiciária portuguesa.