Detido pela PJ de Coimbra por abrir dezenas de contas para lavar lucros do crime
Há cerca de um ano que o membro de uma organização criminosa internacional andava a branquear os lucros de uma multitude de burlas informáticas, cometidas em Portugal e no estrangeiro. O homem que abriu dezenas de contas bancárias para fazer circular o dinheiro foi agora detido pela PJ de Coimbra e colocado na cadeia.
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De acordo com informação recolhida pelo JN, o suspeito faz parte de um grupo alargado de indivíduos que se dedicam a todo o tipo de burlas informáticas, desde que lucrativas. Para desmantelar esta organização, a PJ realizou uma operação no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa, onde foi possível recolher prova dos crimes de associação criminosa, branqueamento, falsidade informática, burla qualificada e falsificação de documentos.
“Em causa estava a atuação desta organização criminosa que utilizava o sistema bancário nacional para sustentar o processo de branqueamento, alicerçado na criação de sociedades, detidas e geridas por pessoas munidas de identidades falsas, e de pessoas singulares, com a subsequente abertura de contas bancárias por si tituladas”, adiantou ontem a PJ de Coimbra.
Pelo que apurámos, o homem, de nacionalidade brasileira, branqueou dezenas de milhares de euros e utilizou testas de ferro, como pessoas sem abrigos, para abrir contas no sistema bancário. O dinheiro circulava por várias contas dos testas de ferro, antes de ser enviado ao destino final: o Brasil.
A investigação da PJ vai continuar para identificar e deter os restantes elementos do grupo que seriam os operacionais da rede, com a missão de cometer as burlas