O advogado de Armando Pereira, acionista da Altice, que foi constituído arguido no processo Operação Picoas, condenou as condições em que o seu cliente está detido.
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Magalhães e Silva, advogado do economista Armando Pereira, cofundador da Altice, que se encontra detido, no âmbito do processo Operação Picoas, criticou as condições precárias da prisão em que o seu cliente está detido, na esquadra da PSP de Moscavide.
"A PSP tem feito o possível, com as instalações inadequadas que tem para este tipo de detenções, para minimizar as condições dos detidos. Não existem duches para os detidos, a PSP tem deixado os detidos utilizar os duches pessoais. É de louvar a forma absolutamente humanitária como a PSP tem tratado os detidos. Cabe ao Estado português ter condições, para, neste tipo de situações, os arguidos não estarem sujeitos a este tipo de tratamento, que inclusivamente tem tido condenações no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos", disse o responsável pela defesa legal do arguido, em declarações à SIC Notícias.
Os trabalhos relativos ao caso atrasaram-se por causa das férias judiciais, e por Carlos Alexandre estar de turno no Tribunal Central de Instrução Criminal, demora que mereceu, também, comentários do advogado:
"Esta longa espera só serve para criar ansiedade e angustia nos arguidos. O meu cliente está bem, tranquilo. Vai, seguramente, prestar declarações. Está inteiramente disponível para prestar declarações, e esclarecer tudo de A a Z", disse Magalhães e Silva.
Os quatro arguidos no âmbito do processo Operação Picoas vão continuar detidos até à determinação, por parte do juiz Carlos Alexandre, das medidas de coação.