Detidos mais três membros da claque do Sporting suspeitos de incendiar carro com adeptos do F. C. Porto
A Polícia Judiciária (PJ) deteve, nesta terça-feira, mais três adeptos do Sporting, suspeitos de integrar o grupo que, em 10 de junho deste ano, no final de um jogo de hóquei em patins, incendiou um carro que transportava cinco apoiantes do F.C. Porto. Estão indiciados por tentativa de homicídio.
Corpo do artigo
O episódio violento teve lugar no final de um encontro entre Sporting e F.C. Porto, ocorrido no Pavilhão João Rocha, em Lisboa, e resultou em quatro feridos, dois dos quais com maior gravidade e transportados para o Hospital de Santa Maria.
Imagens do ataque publicadas nas redes sociais mostraram, logo na altura, dezenas de adeptos, que serão afetos a uma claque leonina, a circundar o carro, que estava parado nuns semáforos, em Lisboa. "No carro seguiam cinco ocupantes, os quais foram agredidos com violência. Foram ainda quebrados os vidros do veículo e lançado para o seu interior artefactos pirotécnicos que provocaram um incêndio, que acabou por destruí-lo totalmente, criando sério perigo para a vida e provocando algumas lesões por queimadura nas vítimas, que tiveram necessidade de atendimento médico urgente em unidade hospitalar", acrescentou, nesta terça-feira, a PJ.
No mesmo comunicado, é destacado o facto dos atacantes então identificados integrarem "um grupo de homens, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos, que, à margem do apoio a um clube desportivo, têm assumido comportamentos de extrema violência física contra elementos de claques de outros clubes".
Leia também Três suspeitos detidos após ataque a adeptos do F. C. Porto em Lisboa
Três deles foram detidos na manhã desta terça-feira por estarem indiciados "pela prática de crimes de homicídio qualificado na forma tentada, ofensas à integridade física qualificadas, incêndio, roubo, detenção e uso de armas proibidas". São ainda suspeitos de "detenção e uso de artefactos pirotécnicos".
Nas buscas realizadas foram "apreendidos diversos artefactos pirotécnicos e outros elementos com relevância probatória".
Villas-Boas agradece detenção
O presidente do F. C. Porto, André Villas-Boas, reagiu à detenção dos suspeitos, originada pelo que considera ser um "episódio triste" para o futebol português.
"Seguramente foram presos por tentativa de homicídio e não por tentativa de agresssão. Há uma larga diferença. É um episódio triste. O Futebol Clube do Porto colocou-se imediatamente ao lado dos adeptos que estiveram envolvidos nesse infeliz desfecho. Como vocês bem sabem, só alguns meios de comunicação social é que deram a devida notoriedade a esse episódio, alguns preferiram omitir o mesmo e a gravidade do mesmo, pelo que agradeço às autoridades competentes o facto de continuarem a investigação e de tentarem encontrar os culpados. Que sejam devidamente penalizados", afirmou o líder portista, à margem da assinatura de um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia e com a ULS Gaia/Espinho, na Casa da Prelada, no Porto.