Ultra da Juve Leo suspeito de incendiar carro de adeptos portistas entregou-se à PJ

Carro ficou totalmente destruído
Foto: Direitos reservados
Um dos elementos da claque leonina Juve Leo suspeitos de incendiar um carro com adeptos do F. C. Porto no interior entregou-se, nesta quarta-feira, nas instalações da Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa. O desempregado, de 25 anos, fugiu logo após o ataque de 10 de junho deste ano, perpetrado no final de um jogo de hóquei em patins, e tinha escapado à operação que, na terça-feira, permitiu a detenção de três dos seus comparsas. Os quatro ultras serão levados a tribunal na tarde desta quarta-feira, para serem sujeitos a primeiro interrogatório judicial.
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A PJ já possuía um mandado de detenção em nome deste último adepto do Sporting quando, na terça-feira, avançou com a operação "Tiffo". Contudo, os inspetores não encontrariam o suspeito na residência habitual, nem conseguiram localizá-lo noutros pontos da cidade de Lisboa.
Deixaram, no entanto, a indicação a familiares e amigos que o jovem estava a ser procurado e este deslocou-se, na manhã desta quarta-feira, às instalações da Judiciária, em Lisboa. Ali, foi imediatamente detido e constituído arguido por homicídio qualificado na forma tentada, ofensas à integridade física qualificadas, incêndio, roubo, detenção e uso de armas proibidas.
A investigação recolheu fortes indícios que o desempregado participou no ataque ao carro com adeptos do F. C. Porto no interior e que fugiu logo depois. Não foi para o estrangeiro, mas deixou de frequentar a residência habitual e os espaços que faziam parte da sua rotina. Ao longo de várias semanas, permaneceu em paradeiro incerto com medo de ser detido, mas acabou por voltar a casa e foi sinalizado pela PJ.
Quatro detidos vão a tribunal
Num comunicado emitido no início da semana, a PJ já tinha anunciado a detenção de outros três membros da Juve Leo suspeitos de incendiar o automóvel com adeptos portistas, após um jogo de hóquei em patins, realizado no Pavilhão João Rocha, em Lisboa. "No carro seguiam cinco ocupantes, os quais foram agredidos com violência. Foram ainda quebrados os vidros do veículo e lançado para o seu interior artefactos pirotécnicos que provocaram um incêndio, que acabou por destruí-lo totalmente, criando sério perigo para a vida e provocando algumas lesões por queimadura nas vítimas, que tiveram necessidade de atendimento médico urgente em unidade hospitalar", descreveu a PJ.
No mesmo dia do episódio violento foram detidos três suspeitos, postos em prisão preventiva após interrogatório judicial. A mesma medida de coação poderá ser aplicada aos quatro jovens detidos nos últimos dias, mas essa decisão só será conhecida no final desta quarta-feira ou no dia seguinte.

