Mais de dez mil elementos da PSP, da GNR e da Guarda Prisional juntaram-se, esta quarta-feira, no Porto, em protesto por melhores condições salariais e de trabalho. Dizem estar habituados ao sacrifício, mas, sem respostas, confessam ter chegado a um ponto de “intolerância máxima” que os faz sair à rua.
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Perante um Governo “isolado” e “apático”, sem assumir “o erro que cometeu” ao não atribuir um suplemento de missão (risco, penosidade e insalubridade) idêntico àquele que fora atribuído à Polícia Judiciária, os polícias trajaram de preto e com t-shirts onde se lia “Abandonados” e “Obrigado Pedro Costa”. Muitos chegaram pelas 17 horas em autocarros, vindos de vários pontos do país, que aparcaram no interior do Quartel da Serra do Pilar, em Gaia. Depois, atravessaram a Ponte Luís I e concentraram-se no Largo 1.º de Dezembro, em frente à sede do Comando Metropolitano da PSP do Porto, de onde partiu a manifestação organizada pela plataforma representativa de sindicatos da PSP e da GNR, e que terminou na Avenida dos Aliados.
Um dos militares presentes, que pediu anonimato, disse ao JN que se cansou de ser tratado como “polícia de segunda”. “Nós da GNR e da PSP somos os primeiros a avançar e só depois é que vem a Polícia Judiciária”, disse, pedindo “respeito” ao Governo.