Foi entre 2007 e 2009 que surgiu aquilo que as autoridades policiais denominaram como primeira "crise de ataques a multibancos". Do primeiro para o segundo desses anos, o número de assaltos aumentou de 121 para 152, o que significou o crescimento dos montantes roubados de um milhão para milhão e meio de euros. Em 2010, o famoso "gangue do multibanco" seria neutralizado e acusado de roubar mais de dois milhões de euros.
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A criação, a meio de 2009, do primeiro sistema de tintagem de notas em caso de roubo ajudou a que a frequência dos crimes diminuísse nos anos seguintes. Mas a insipiência da tecnologia utilizada seria contornada aquando de uma segunda vaga de roubos, registada em 2016 e 2017.
Nestes dois anos, 320 multibancos foram assaltados. Primeiro, através do método de arrastamento, em que a máquina era presa a correntes e puxada por carros furtados; depois, através de rebentamentos com recurso a gás ou explosivos.
Para a diminuição do número de assaltos contribuiu igualmente o desmantelamento de vários gangues. Em novembro de 2016, a Polícia Judiciária (PJ) deteve 17 elementos de um deles, de várias nacionalidades e com idades compreendidas entre 22 e 61 anos.
Em agosto do ano seguinte, foram detidos outros três homens que, inseridos num grupo mais alargado, "se dedicavam à prática de furtos a caixas multibanco através de explosão".
Segundo a PJ revelou na altura, "no decurso da operação realizada foram apreendidos relevantes elementos de prova, designadamente cilindros carregados com gás explosivo, baterias, cabos elétricos, mangueiras, diversas partes integrantes de caixas multibanco, armas de fogo, uma delas de calibre de guerra, várias viaturas automóveis e inúmeros objetos produto do crime bem como relevantes elementos de prova".
2016 - 117 ataques
2017 - 203 ataques
2018 - 27 ataques
2019 - 37 ataques
2020 - 25 ataques