Elad Dror: "O meu único erro foi dar mil euros para o relógio do vice"
Elad Dror, investidor acusado de ter corrompido ex-vererador do urbanismo da Câmara de Gaia garante, em entrevista ao JN, que nunca pagou luvas nem o Grupo Fortera foi beneficiado.
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Elad Dror, o empresário que está acusado de ter corrompido o ex-vice presidente da Câmara de Gaia para facilitar projetos imobiliários milionários, nega, em entrevista exclusiva ao JN, ter pago luvas a seja quem for. Admite, no entanto, que cometeu um erro: ter dado mil euros ao empresário Paulo Malafaia, atualmente em prisão preventiva, para comprar um relógio destinado a Patrocínio Azevedo, que também está preso, acusado de corrupção.
Elad Dror era o CEO do Grupo Fortera, que desenvolveu os projetos do “Azul Hotel”, do centro de congressos com apartamentos e hotel “Skyline” e do Alive Riverside, representando investimentos de cerca de 300 milhões de euros. De acordo com a acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, o empresário de origem israelita entregou a Paulo Malafaia um total de 125 mil euros, mais mil euros para um relógio de luxo. Esse empresário terá entregue as luvas ao advogado João Lopes, acusado de as ter feito chegar ao ex-vice-presidente de Gaia, Patrocínio Azevedo. Cem mil euros terão sido entregues a Malafaia numa esplanada de Matosinhos, dentro de uma bolsa.