A esquadra da PSP de Vila do Conde esteve dois dias sem carro-patrulha e só com dois elementos ao serviço. A denúncia é do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP).
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O comando do Porto da PSP desvaloriza a situação. Garante que "há uma gestão integrada de meios" e é sempre possível "pedir reforços" a outras esquadras.
"Sr. ministro, não adianta pedir processos de averiguações ou disciplinares por a polícia demorar uma ou duas horas a chegar às ocorrências (ainda que urgentes), quando certamente sabe que essas situações se verificam pela falta de agentes", diz o SIAP em comunicado.
Cinco agentes para 70 mil habitantes
Ao que o JN apurou, na esquadra de Vila do Conde, entre as 16:00 e as 0:00 de sábado e de domingo, estiveram apenas dois agentes. Na vizinha Póvoa, quatro: dois na esquadra e outros dois em patrulhamento. Ou seja, um carro patrulha para duas cidades que somam 70 mil habitantes. Houve ocorrências à espera - e muito - de disponibilidade da Póvoa para acudir.
A falta de pessoal agravou-se, porque nas duas esquadras há três agentes em formação durante a semana e que, ao fim-de-semana, estão de folga. Quem lá trabalha queixa-se de não ter sido suspensa a formação face à escassez de pessoal.
"Mesmo com o efetivo reduzido para além do mínimo aceitável, tem um elemento cedido à Esquadra Aeroportuária do Porto para colmatar falhas de elementos que se encontram a colaborar com o SEF", denuncia ainda o SIAP, que fala numa "contínua falta de responsabilidade política" e incita o ministro da Administração Interna a agir.