Uma cidadã polaca de 30 anos, estudante de Erasmus na Universidade do Minho, em Braga, arrendou um quarto num site da Internet para se instalar na cidade, mas, quando chegou, a habitação não existia. Perdeu 650 euros e, há dias, resolveu regressar à Polónia, por frustração.
Corpo do artigo
O caso está a ser investigado pela PSP de Braga. Chegada a Braga, a universitária dirigiu-se ao apartamento, na Rua D. Pedro V. Tocou à campainha e, depois de muito insistir, foi-lhe aberta a porta por imigrantes brasileiros que ali moravam e que a informaram que "devia haver engano", porque a casa estava completamente cheia e já estava arrendada. Os brasileiros chamaram, então, a PSP que recebeu a queixa e contactou, por volta das quatro horas da madrugada, a professora da U. Minho com quem a aluna iria trabalhar.
"Estava em pânico. Tentei acalmá-la, ofereci-me para a receber, mas não foi preciso porque um dos cidadãos do Brasil disponibilizou-se para a receber no sótão da casa, o que veio a acontecer, não sem antes a Polícia ter identificado o imigrante", contou a professora ao JN.
A docente, que pediu o anonimato, enaltece a "disponibilidade e simpatia" da PSP, no tratamento do caso e "a atitude humana" dos que a acolheram. São alunos seniores, já licenciados, que vêm por períodos curtos, sublinhou, anotando que "situações semelhantes são traumatizantes e desacreditam o país".
Contactado pelo JN, o Comando da PSP de Braga confirmou o caso. A Polícia adianta que há processos semelhantes no país, em especial em Lisboa e em Setúbal.