Um grupo criminoso foi acusado de clonar “sites” e roubar dados de cartões bancários de hotéis de luxo no Algarve, Lisboa, Porto e Vigo. O mentor prometeu lucros de 90 milhões em criptomoedas para conseguir apoio de PSP aposentado suspeito de liderar rede tráfico e juiz entretanto demitido em maio deste ano.
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O ex-juiz Hélder Claro, o PSP aposentado “Joca” e o “hacker” Filipe Carneiro montaram um esquema de burlas informáticas que pretendia lucrar 90 milhões de euros em criptomoedas. O trio chegou a recrutar dois “piratas” cipriotas que vieram operar em Portugal.
Segundo o Ministério Público do Porto, que acusou o trio e mais um cúmplice de associação criminosa e aquisição de cartões obtidos mediante crime informático, o esquema vigorou entre julho de 2021 e outubro de 2022, não se sabendo ao certo quanto é que terá rendido aos criminosos. O ex-juiz, demitido, em maio deste ano, está ainda acusado de mais 17 crimes por causa de um negócio imobiliário envolvendo um terreno para um supermercado em Matosinhos e a angariação de bailarinas para trabalhar ilegalmente num bar de alterne do Porto.