Conhecida a decisão de Miguel Reis de renunciar à presidência da Câmara Municipal de Espinho, o executivo socialista está já a preparar a substituição do autarca. A oposição social-democrata (PSD) diz esperar que o PS "consiga encontrar as soluções necessárias" para cumprir o seu mandato na presidência da autarquia.
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Fonte do gabinete da presidência, contactada pelo JN, afirmou que não serão "tomadas posições públicas sobre o assunto durante o dia de hoje". Contudo, foi garantido que a substituição de Miguel Reis seguirá os trâmites legais, devendo a presidência ser assumida por outro elemento da vereação socialista.
Assim, o cargo que poderá, por força da lei, ser entregue ao atual vice-presidente, Álvaro Ferreira da Cunha Monteiro, diretor executivo na Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho E. P. E, e que na autarquia é responsável pelos pelouros da saúde, desporto, administração geral e transparência municipal.
Contudo, se Álvaro Monteiro não se mostrar disponível terá também que renunciar e, em seu lugar, avançaria Maria Manuel Barbosa Cruz, vereadora a tempo inteiro, responsável, entre outros pelouros, pela Educação e Juventude.
Para Paulo Leite, presidente da concelhia do PSD, a situação "é muito preocupante para Espinho", mas o dirigente espera que "uma equipa que teve maioria absoluta consiga cumprir os quatro anos para os quais foi eleita", fazendo "a democracia funcionar normalmente, e que o concelho seja governado com estabilidade necessária".
"A renúncia do presidente de Câmara aumentou o nosso nível de preocupação. Esperamos mesmo assim que o PS encontre soluções que garantam a governabilidade da Câmara e do concelho", referiu. Caso não seja possível, ressalva, "o PSD tomará na ocasião as decisões relativas a esta matéria".
Sobre as suspeitas que recaem sobre o anterior presidente, Pinto Moreira, Paulo Leite diz aguardar o desenrolar da justiça, "convicto" de que o processo "não terá nenhuma evolução negativa".
O JN tentou, sem sucesso, até ao momento, ouvir a comissão concelhia do PS.