O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, detido na terça-feira por suspeitas de corrupção, renunciou esta quinta-feira ao mandato, confirmou o JN.
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A decisão, tomada no âmbito da Operação Vórtex, surge como uma tentativa de evitar a prisão preventiva, uma vez que o Ministério Público invocou a existência de perigo de continuidade da atividade criminosa e de perturbação de inquérito.
De recordar que os autarcas Orlando Alves, de Montalegre, e Joaquim Couto, de Santo Tirso, usaram essa estratégia de defesa.
Os cincos detidos na operação Vórtex chegaram pelas 10 horas ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, onde serão ouvidos, esta tarde, em primeiro interrogatório.
Além do autarca socialista Miguel Reis, são arguidos no processo o chefe da divisão de Urbanismo daquela autarquia do distrito de Aveiro e três empresários.
Segundo fonte ligada ao processo, a audição dos arguidos terá início às 14 horas, pelo que "não há certezas" de que as medidas de coação sejam conhecidas hoje.
Em comunicado, na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que estas cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto.
Miguel Reis, o chefe da divisão do Urbanismo da autarquia, José Costa, e os três empresários foram detidos por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.