Bruno de Carvalho desmentiu que tivesse dado o aval para o ataque à Academia do Sporting na reunião que ocorreu na casinha em Alvalade, depois da derrota do Sporting contra o Atlético de Madrid, a sete de abril.
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Perante Carlos Delca, Juiz de Instrução Criminal do Barreiro, o ex presidente do Sporting referiu que esteve nessa reunião a pedido de André Geraldes, que não costumava participar nestas e que quando disse "façam o que entenderem era sobre a tarjas e se podiam levar tarjas de incentivo ou exigências para o estádio". "
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Nessa reunião senti que me pudesse acontecer alguma coisa, havia muita animosidade, não havia um fio condutor e quando cheguei já esta decorria", acrescentou.
Dias antes do ataque à Academia, equipa técnica e jogadores reuniram em Alvalade na sequência da derrota do Sporting contra o Marítimo, depois de no aeroporto Fernando Mendes ter referido que dias seguintes ia visitar Alcochete, mas Bruno de Carvalho garantiu que não teve conhecimento de qualquer ameaça. "Lamento que as pessoas que estiveram presentes não me informaram do que foi dito no local". "Nessa reunião, tive cuidado de pedir aos jogadores e equipa técnica que me dissessem a mim ou ao André Geraldes (team manager) se houve alguma ameaça que lhes foi dirigida, mas ninguém me deu conhecimento de nada".
De acordo com a acusação, Bruno de Carvalho dirigiu-se ao jogador Acuña e disse: fizeste aquilo ao chefe de claque, estive toda a noite a receber telefonemas da claque a dizer que te queriam apanhar, queriam as matrículas do carro. O jogador argentino, no final do jogo na Madeira onde o Sporting perdeu qualquer hipótese de chegar ao rival, dirigiu-se de forma insultuosa à claque que estava no estádio.
"A conversa não foi tão elaborada", refere Bruno de Carvalho. "Disse-lhe que tu mais que todos os outros, sendo argentino, sabes não nos podemos dirigir as pessoas pelos espalhas brasas que existem, ao que ele respondeu que não havia problema nenhum pois estava tudo sanado". O ex presidente desmentiu que os elementos da claque queriam saber as matrículas dos jogadores nem se lembra de ter chegado ao pormenor de que a claque o queria apanhar.