Os familiares de Mónica Silva, que está desaparecida na Murtosa desde 3 de outubro, iniciaram hoje os trabalhos para uma nova pesquisa no poço onde admitem se encontre o corpo da mulher, que estava grávida de sete meses.
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Cortado o silvado envolvente do poço, na Murtosa, um veículo vai hoje posicionar-se junto do mesmo, para retirar mais lixo acumulado. Depois, um mergulhador vai descer e vistoriar o fundo do poço.
A PJ de Aveiro, que há uma semana deteve um suspeito, Fernando Valente, com quem a vítima mantinha uma relação amorosa, já vistoriou o poço, com os Bombeiros da Murtosa, e só ali encontrou quatro peças de roupa, que estão a ser analisadas. A família entende, porém, que o trabalho não foi bem feito.
Hoje à tarde, o principal responsável pela nova empreitada, Sérgio Santos, contou que tinha estado a avaliar o poço no início da semana e que, hoje, verificou que o mesmo tinha sido remexido. “Alguém foi ao poço depois de eu cá estar já esta semana. Disso, eu não tenho dúvida nenhuma, porque a parte da terra foi calcada e bem calcada, para além do silvado estar mais remexido”, afirmou ao JN Sérgio Santos, que está estabelecido na vizinha freguesia de Avanca, Estarreja.
Filomena Silva, tia da vítima, encontrava-se hoje a seguir os trabalhos. “Não podíamos estar parados, nem dormirmos descansados, ao saber da possibilidade de estar aqui o corpo da Mónica, agora que tivemos autorização do proprietário do terreno para fazer os trabalhos de limpeza total deste poço”, afirmou, ao JN.
Pais mudaram de casa
Os pais de Fernando Valente, o empresário detido pela PJ, mudaram de casa por receio de represálias. O casal, que residia na localidade de Béstida, da Murtosa, perto do cais com o mesmo nome, mudaram-se esta semana para um apartamento na Torreira (também na Murtosa), a mesma casa onde, supostamente, Mónica Silva e Fernando Valente se encontravam. A mãe do suspeito diz que já foi agredida na sua loja de flores, no centro da Murtosa, por familiares de Mónica. Estes negaram essa versão, ao JN, falando antes em “agressões mútuas”.