O homem que, três meses antes do assalto aos paióis de Tancos, em 2017, alertou o Ministério Público e a Polícia Judiciária para a iminência de um furto a instalações militares emigrou e não vai testemunhar esta segunda-feira no julgamento.
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Era a terceira data que o Tribunal de Santarém tinha agendado, desde março, para inquirir Paulo Lemos, conhecido por "Fechaduras". Anteriormente, não tinha sido possível encontrá-lo. Agora, o seu advogado esclareceu que o seu cliente se encontra no estrangeiro e não pode, por isso, comparecer no julgamento.
Morada desconhecida
Na informação, Miguel Marques Bom adianta que "Fechaduras" está ausente de Portugal, por ter surgido "uma hipótese de trabalho irrecusável nos tempos de crise que se vivem". E lembra que o seu cliente depôs, sujeito a contraditório, na fase instrutória, em Lisboa. O Tribunal de Santarém não desiste, porém, de o ouvir.
Na sexta-feira, o juiz deu, num despacho a que o JN teve acesso, cinco dias ao causídico para indicar a morada e o contacto de "Fechaduras", para que este possa ser inquirido à distância.
Paulo Lemos - que ajudou a planear o assalto, mas, por ter ido ter com as autoridades antes de este acontecer, não está a ser julgado - é uma das principais testemunhas no caso.