A Fenprof reagiu à agressão de um professor, na manhã desta segunda-feira, na EB2/3 em Lagares, Felgueiras, e criticou o Ministério da Educação pela "incapacidade" de pôr fim a estas situações.
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Recordando que "em apenas dois meses", dois professores foram vítimas de "agressões extremamente violentas" - a agressão desta segunda-feira em Felgueiras e uma outra ocorrida em março, em Baião -, a Fenprof afirma que "são sintoma de incapacidade do ministério da Educação para pôr fim a estas situações".
"A violência em contexto escolar, entre alunos ou destes com professores e outros trabalhadores das escolas, não ocorrem ao acaso, mas são, antes sim, resultado de um contexto de crescentes dificuldades sociais nas famílias, de impunidade perante o desrespeito das mais elementares regras de convivência cívica e de enfraquecimento do papel da escola", escreveu a Fenprof em nota enviada às redações.
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A Federação que defende os professores entende ainda que estas situações são resultado "de uma enorme falta de autonomia no exercício da profissão, de tentativas de branqueamento dos atos violentos por parte de muitas direções das escolas e da desvalorização a que a profissão está sujeita por continuadas opções políticas de sucessivos governos". E defende "a tomada de medidas urgentes", que têm que ir além "de meras ações de sensibilização ou de folhetos de esclarecimento sobre o papel social da escola ou contra a indisciplina e a violência em contexto escolar".
A Fenprof defende ainda "o efetivo diálogo social envolvendo a comunidade educativa" para fazer face à "indisciplina e violência escolares", exigindo "a abertura de processos negociais transparentes, sérios e consequentes no combate a estas situações que ensombram a Educação em Portugal".
Reivindica, também, "as inadiáveis valorizações da função social dos professores e da sua condição profissional, dimensões fundamentais para a consciencialização da importância da Escola e da Educação na sociedade".