Quatro pessoas usurparam a identidade de um residente em Angola e, presencialmente, fizeram operações fraudulentas no valor de 130 mil euros num banco em Lisboa. Os suspeitos, três homens e uma mulher, foram detidos pela PJ. Apreenderam-se cinco viaturas, saldos bancários, documentação, computadores e telemóveis.
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A investigação da PJ iniciou-se em março de 2024 após denúncia de uma entidade bancária portuguesa, dando conta que um seu cliente, residente em Angola, não reconhecia operações bancárias que teriam sido ordenadas, presencialmente, em seu nome, num balcão em Lisboa. O lesado alegava que as operações em causa, no valor de 130 mil euros, não podiam ter sido feitas por ele, pois não estava em Portugal.
A investigação apurou que os quatro suspeitos, incluindo um ex-bancário que agiu em coautoria, conseguiram obter as informações bancárias da vítima. Depois, recrutaram um cúmplice para se fazer passar pelo titular da conta e falsificaram documentos de identificação. O usurpador foi então ao banco e ordenou a realização de vários movimentos financeiros que causaram um prejuízo de 130 mil euros à vítima.
Posteriormente, o grupo ainda realizou "diversas e sucessivas operações bancárias posteriores, destinadas a fracionar e a dissimular as vantagens do crime e a distribuí-las entre todos".
Graças ao trabalho da PJ foi possível identificar e localizar os quatro suspeitos, com idades entre os 30 e os 60 anos, na zona de Lisboa. Foram detidos por indícios da prática de crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsidade informática e branqueamento, entre outros, para concretização de operações bancárias fraudulentas.
Além das detenções, a PJ "realizou também buscas domiciliárias e não domiciliárias, na sequência das quais procedeu à apreensão de documentação, equipamentos informáticos e de telecomunicações, 5 viaturas, e ainda, em conjugação com as autoridades judiciárias competentes, saldos bancários", informa um comunicado.
Os detidos irão ser presentes a juízo, para a aplicação das medidas de coação tidas por adequadas. O inquérito é tutelado pelo Ministério Público de Cascais.