Francisco Pessegueiro: "Chamou a isso uma taxa de urgência e pediu 50 mil euros"
Francisco Pessegueiro diz que estava com a "corda na garganta" e aceitou pagar suborno a Miguel Reis. Está "arrependido" e não acha "justo" que todos os outros se digam inocentes.
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O empresário Francisco Pessegueiro acusou o ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis de lhe ter exigido 50 mil euros de “taxa de urgência” para aprovar um projeto que estava parado na autarquia. Nunca terá dado os 50 mil, mas fez duas entregas no total de 7500 euros. “É completamente falso, de forma inequívoca”, reagiu Miguel Reis, à saída do tribunal de Espinho.
No segundo dia do julgamento da Operação Vórtex, Pessegueiro acusou Miguel Reis: “Falei-lhe de um projeto que estava parado desde janeiro e que teria de pagar uma cláusula punitiva de 500 mil euros se não estivesse pronto até ao final do ano [2022]. Ele disse que isso era uma coisa urgente: ‘é como ir a uma lavandaria e pedir uma camisa lavada para mesmo dia”, contou. Essa “taxa de urgência” custaria 50 mil euros e Pessegueiro, que “tinha a corda na garganta”, aceitou.