Ladrões itinerantes estudam fluxos turísticos. Equipa da PSP atua fora de Lisboa.
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A atuação da equipa especializada em grupos itinerantes, da 1.ª esquadra de investigação criminal da PSP de Lisboa, não se restringe aos limites da capital. A prová-lo está o facto de, ainda em junho deste ano, terem sido apanhados em Gondomar carteiristas de uma rede que tinha atacado antes no parque de diversões aquáticas Aquashow, em Quarteira, no Algarve.
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De acordo com o comandante daquela unidade especializada da Polícia, Nélson Silva, os carteiristas terão começado por subtrair bens dos cacifos que existem no parque de diversões de Quarteira e que podem ser alugados pelos visitantes. O furto terá permitido que os seus operacionais a norte assaltassem as residências das vítimas, que já sabiam estar vazias.
Com as autoridades alertadas, acabaram por ser detidos no terceiro furto, em Gondomar.
15 a 30 dias no mesmo sítio
O conhecimento dos fluxos turísticos que são característicos de cada país é, de resto, uma das características destas redes de ladrões, que, assim, sabem quando e onde atacar. Quanto mais seguros se sentirem, mais tempo ficam no mesmo local.
"Não há uma média de tempo de quanto tempo ficam", afirma Nélson Silva, precisando que os carteiristas que tenham, por exemplo, de arrendar casa, não permanecem mais do que "15, 30 dias" no mesmo país.
O objetivo é fugirem ao radar das autoridades, ainda que, ressalva, acabem sempre por deixar "uma mancha" por onde passam.