Cláudio Coimbra agrediu militar da GNR e foi detido pela PSP por agressões junto a discoteca. Civil foi libertado esta terça-feira, mas tropas ficaram detidos.
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Cláudio Coimbra, um dos dois fuzileiros suspeitos de terem agredido o polícia Fábio Guerra, já tem antecedentes criminais por agressões semelhantes, incluindo um ataque a murro a um militar da GNR. Atualmente estava obrigado a apresentações semanais no posto policial de Sesimbra, medida de coação imposta no âmbito de um processo judicial em curso.
Cláudio Coimbra, 21 anos (assim como o colega, Vadym Hrynko, 22 anos) permaneceu na cadeia, porque só esta quarta-feira será interrogado pelo juiz. Já o amigo dos militares, igualmente detido pela Polícia Judiciária (PJ) na noite de segunda-feira, foi libertado pelo Ministério Público.
Segundo o JN apurou, os problemas de Cláudio Coimbra com a Justiça começaram quando este ainda era menor e causados pelo envolvimento em cenas de pancadaria. Com o passar dos anos, o praticante de boxe não acalmou. Bem pelo contrário. Agrediu um militar da GNR, colocado no posto da Quinta do Conde e residente em Sesimbra. A mesma cidade onde vive o fuzileiro.
Frequentador assíduo de espaços de diversão noturna, o militar também se viu envolvido, tal como agora aconteceu na MOME, em troca de agressões no interior e à porta de bares e discotecas. Um dos casos aconteceu junto à Lust in Rio, em Lisboa, e levou a que fosse detido pela PSP. Outros episódios de violência ocorreram na Margem Sul.
Fontes contactadas pelo JN confirmam que, na madrugada em que terá pontapeado o agente da PSP, Cláudio Coimbra estava, aliás, sujeito a uma medida de coação, que o obrigava a apresentar-se todas as semanas à Polícia.
Civil libertado
Detido na noite de segunda-feira, o fuzileiro passou o dia seguinte na cela. Só esta quarta-feira é que, na companhia de Vadym Hrynko, irá a tribunal para primeiro interrogatório judicial, no Tribunal Central de Lisboa. Apenas no final é que os fuzileiros saberão se permanecem na cadeia ou são libertados como, nesta terça-feira, aconteceu com o seu amigo.
Detido ao mesmo tempo pela PJ, este civil é suspeito de ter participado na agressão que mataria Fábio Guerra, mas o Ministério Público decidiu, depois de o ter interrogado, devolvê-lo à liberdade. Ainda na terça-feira, a PJ identificou mais alguns envolvidos nos confrontos da madrugada de sábado, prevendo-se que venha a efetuar mais detenções.