Gangue causa prejuízo de meio milhão em assaltos a carrinhas de tabaco e furto de cobre
A GNR deteve sete homens e uma mulher, com idades entre os 20 e os 49 anos, por roubos, furtos e recetação de material, em Lisboa, Leiria, Portalegre, Santarém e Setúbal. O grupo está indiciado por roubo de carrinhas de distribuição de tabaco, assalto a instalações industriais e furto de metais não preciosos, e o prejuízo ascenderá a cerca de meio milhão de euros.
Corpo do artigo
A operação decorreu a passada semana e envolveu militares da Secção de Informações e Investigação Criminal e do Grupo de Intervenção de Operações Especiais da Unidade de Intervenção. Após diligências policiais, apurou-se que os suspeitos "se dedicavam ao roubo de carrinhas de distribuição de tabaco, furto de instalações industriais e furto de metais não preciosos, tendo um impacto direto que pode ascender aos 500 mil euros de prejuízo para empresas, organismos públicos e à comunidade em geral, uma vez que eram privadas do serviço de comunicações", informou a GNR esta quarta-feira.
Numa primeira fase da operação foram cumpridos 20 mandados de busca (15 em domicílios e cinco em veículos), tendo sido apreendidos duas toneladas de cobre, 20 rolos de cabo de eletricidade perfazendo dois quilómetros, três bobines com 100 metros de cabo de cobre, 10 telemóveis, três reproduções de armas de fogo, duas réplicas de arma de fogo, uma espingarda de pressão de ar, diversos cabos de telecomunicações, ferramentas e material para corte e diversas peças em ouro.
Buscas em empresas
A fase seguinte da operação, que contou com a colaboração do SEPNA ( Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente) de Lisboa e Setúbal, foram cumpridos seis mandados de busca "em empresas de valorização de resíduos (vulgo sucateiras), tendo resultado na apreensão de duas viaturas e de diversa documentação e meios informáticos, bem como na elaboração de 18 autos de contraordenação ambiental".
A GNR sublinha que, no decurso da investigação, "foi desencadeada uma resposta proativa e concertada a nível nacional através da Operação "Colchea", desenvolvida pelo SEPNA", tendo sido fiscalizadas diversas empresas de valorização de resíduos, "responsáveis diretamente pelo escoamento do material furtado".
Foram fiscalizados 636 veículos, dos quais 87 transportavam resíduos, sendo que 49 se encontravam em infração ao regime legal, tendo sido elaborados 136 autos de Contraordenação.
Um dos detidos foi conduzido diretamente a estabelecimento prisional uma vez que se encontrava evadido.