Um ginecologista condenado, em dois julgamentos distintos, por importunar sexualmente e violar pacientes continua a exercer num consultório em Lisboa. A última decisão judicial, que condena o médico a prisão efetiva, foi alvo de recurso e, por esse motivo, ainda não entrou em vigor.
Corpo do artigo
A Ordem dos Médicos também não consegue suspender o clínico de funções.
A história é contada pelo jornal “Público” e dá conta que o ginecologista, de 59 anos, foi condenado, pela primeira vez, em 2012, por importunar sexualmente duas pacientes, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa. A pena de cinco meses de prisão foi suspensa.
O médico continuou a exercer e, em 2017, violou outra paciente, durante uma consulta no consultório privado. Por esse crime foi condenado e, em 2022, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou os quatro anos de prisão efetiva decretados pelos juízes de primeira instância.
Apesar das condenações, o ginecologista manteve sempre a atividade clínica e, diz o “Público”, nem a Ordem dos Médicos conseguiu impedi-lo de exercer.