O posto de Penafiel, onde trabalham cerca de 40 militares, tem apenas uma viatura disponível para patrulhas e para ocorrer a situações de emergência. Trata-se de uma Toyota Hiace, de três lugares, com mais de 20 anos e que, normalmente, é utilizada para transporte de material.
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As características incomuns da carrinha não passaram despercebidas à população penafidelense, quando, anteontem, esta foi usada pelos militares em vários locais, onde tinham ocorrido furtos em automóveis.
Segundo o JN apurou, a falta de viaturas em Penafiel é um problema antigo, fruto de sucessivas avarias e de alguns acidentes rodoviários. O último aconteceu na semana passada e envolveu uma Nissan Navara, que estava distribuída ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente e tinha sido alocada ao patrulhamento. Das seis viaturas dadas como operacionais neste posto, (entre as quais um Citroën Elisée e um Skoda Octavia) seis estarão já dadas para abate e uma espera por arranjos.
Jipe devolvido
O Comando do Porto da GNR tentou, recentemente, suprir a carência de viaturas em Penafiel com um Nissan Patrol que, porém, foi devolvido pelo posto, porque o banco do condutor estava partido e permanecia seguro apenas com um pneu fixado no piso do jipe.
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) considera que a situação vivida em Penafiel é o retrato do que se passa em muitos postos do país. "Os militares não se sentem seguros e se alguém for detido terá de ser transportada na bagageira", salienta Paulo Pinto, coordenador da Região Norte da APG/GNR. "O senhor comandante-geral da GNR não viaja numa carrinha de logística se lhe avariar o carro de serviço topo de gama, porque tem outro disponível", acrescenta o dirigente.