A greve dos oficiais de Justiça obrigou esta tarde de terça-feira ao adiamento do julgamento dos maus-tratos no Lar do Comércio. <a href="https://www.jn.pt/justica/julgados-por-maus-tratos-no-lar-do-comercio-ficam-em-silencio-no-tribunal-15836927.html" target="_blank">O julgamento tinha-se iniciado durante a manhã no Tribunal de Matosinhos</a> e deveria prosseguir durante a tarde. Porém, a audiência foi adiada devido à paralisação daquela classe profissional.
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Estão em causa 67 crimes de maus-tratos, 17 dos quais agravados pelo resultado morte, cometidos no Lar do Comércio. Segundo o Ministério Público, o antigo presidente da instituição e a ex-diretora de serviço, "apesar de saberem que a instituição dispunha de meios económicos para o fazer, por razões de diminuição e contenção de gastos", não contrataram médicos, funcionários e enfermeiros necessários "para assegurar o conforto e cuidados mínimos aos utentes". De acordo com a acusação, terão deixado de comprar equipamentos, mobiliário e produtos de higiene e terapêuticos, como apósitos para escaras, colchões antiescaras, fraldas e suplementos proteicos.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça convocou uma greve geral das 13.30 às 24.00 horas desta terça-feira e a concentração em todas as sedes de comarca. Ao que o JN conseguiu apurar, a adesão à greve no Tribunal de Matosinhos foi praticamente total.