Grupo de piratas está a exigir o pagamento de um resgate para não divulgar dados bancários dos clientes.
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Um grupo de piratas informáticos garante ter conseguido sacar informação sensível dos servidores da empresa Conforama, uma das maiores cadeias de lojas de móveis e artigos para o lar da Europa. Os hackers exigem o pagamento de um resgate para não divulgar dados bancários de clientes ou documentos confidenciais da firma. No pedido de resgate afirmam ter conseguido sacar um "terabyte" de informação.
O pedido de resgate foi publicado há poucas horas na "darkweb" e trata-se de um "ransomware", perpetrado a nível da Península Ibérica, apurou o JN. Para cometer este tipo de ataque, os piratas entram nos sistemas das empresas, explorando falhas de segurança para depois encriptar os dados ou bloqueá-los. Por vezes, os hackers limitam-se a copiar a informação sensível e a pedir um resgate.
Questionada pelo JN, a empresa confirmou que "a Conforama Ibéria sofreu um acesso não autorizado ao seu sistema através de um ataque "ransomware". A empresa resolveu imediatamente o impacto operacional e agiu de acordo com os procedimentos legais em vigor." Na mensagem publicada na "darkweb", os piratas garantem ter exfiltrado bases de dados, correspondência interna, relatórios financeiros, além de dados bancários dos clientes e informação pessoal dos mesmos. Os piratas ameaçam tornar pública toda a informação exfiltrada, caso não haja pagamento do resgate.
"É cada vez mais imprescindível tentar monitorizar a "darkweb" para verificar o que os criminosos põem à venda e discutem. Assim é possível agir mais depressa e proteger-se melhor", explicou ao JN Bruno Castro, especialista em cibersegurança da Visionware.