A Políca Nacional espanhola anunciou, esta quinta-feira, a detenção de um holandês apontado como "máximo responsável" de uma organização internacional de tráfico de droga que usava países como Portugal para introduzir milhões de euros em cocaína na Europa.
Corpo do artigo
No âmbito da investigação já tinham sido detidos nove indivíduos, de nacionalidades portuguesa, espanhola e holandesa, em setembro do ano passado, numa operação da Polícia Judiciária do Sul, em colaboração com as congéneres espanholas, que culminou na apreensão de 1300 quilos de cocaína, em Tavira, no Algarve.
Foi agora detido na Holanda o alegado cabecilha, juntamente com outro dos líderes e um colaborador da rede, todos da mesma nacionalidade. Segundo a Políca espanhola, os holandeses providenciaram, em meados do ano passado, junto de traficantes instalados em Espanha, a entrada de um carregamento de cocaína, num veleiro proveniente da América do Sul. Por sua vez, os espanhóis, oriundos de Huelva e Sevilha, estabeleram contactos com outro grupo, este de traficantes portugueses, da zona de Faro, para "efetuar o envio da droga para a Península Ibérica".
Os dois holandeses tidos como principais responsáveis, de 48 e 61 anos, terão estado em Espanha para dirigir as operações de narcotráfico, mas não foram na altura intercetados, porque voltaram para a Holanda dias antes das detenções dos nove indivíduos - três deles apanhados no sotavento algarvio - pela Polícia Judiciária do Sul.
Os 1300 quilos de cocaína, uma das maiores apreensões de sempre em Portugal, poderiam render, caso chegassem ao mercado, 80 milhões de euros, segundo avaliação feita pelas autoridades.