Homem nega ter ateado fogo a hostel no Porto e a ala psiquiátrica em Penafiel
O homem suspeito de ter ateado um fogo num hostel, na rua Duque de Saldanha, no Porto, e outro na ala psiquiátrica do Hospital Padre Américo, em Penafiel, ambos no ano de 2023, negou esta quarta-feira a autoria de ambos os crimes. O Ministério Público (MP) diz que José G., de 58 anos, é inimputável e pede que lhe seja aplicada uma medida de segurança de internamento.
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"Não cheguei fogo a lado nenhum. Eu estava internado e tinha lá uns 40 indivíduos, a fumar droga e tabaco. Não era a primeira vez que estavam lá com um isqueiro. Eu estava a tomar banho quando me disseram para sair cá para fora [por causa do fogo]", afirmou o arguido, a propósito do incêndio que deflagrou, em 26 de dezembro, no Hospital Padre Américo, perante um coletivo de juízes do Tribunal de São João, no Porto.
A acusação diz que, durante os cerca de oito meses em que a ala psiquiátrica esteve encerrada, a direção do Centro Hospital do Tâmega e Sousa teve necessidade de transferir doentes para outras unidades de saúde, o que teve um custo global de mais de dois milhões de euros. Os estragos causados pelas chamas também obrigaram a extensos trabalhos de reconstrução e reparação, mediante concurso público, no valor de mais de 333 mil euros.

