Homem que usava app de encontros para extorquir homossexuais voltou a ser detido
O homem que foi detido na semana passada por extorquir vítimas abordadas através da aplicação de encontros entre homossexuais "Grindr" voltou a ser detido pela PJ do Porto. Após ter saído do tribunal em liberdade, o suspeito foi ter com outra vítima para lhe exigir dinheiro e foi preso em flagrante.
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"A pretexto de uma alegada dívida que já se encontrava saldada, o suspeito, mediante ameaças à integridade física da vítima e da sua família, começou a extorquir-lhe dinheiro, coagindo-a a fazer três entregas de numerário, em dias distintos, com início no dia 20 de agosto", explicou esta segunda-feira a PJ do Porto, que deteve o homem, em flagrante delito, em Gondomar por crimes de extorsão com arma de fogo.
Na passada quinta-feira, o suspeito, de 34 anos, foi levado a tribunal para aplicação de medidas de coação na sequência de outro caso de extorsão.
Com uma arma de fogo e ajuda de um cúmplice, assaltou e, quase um ano depois, extorquiu um homem com quem tinha marcado um encontro sexual, em Valongo. O caso ocorreu entre finais de setembro e início de outubro do ano passado. Através da aplicação de encontros entre homossexuais, a vítima combinou encontrar-se com outros dois homens, na loja onde trabalhava, em Valongo.
Como combinado, os indivíduos chegaram ao local após o fecho da loja. Mal entraram, um deles sacou de uma arma de fogo e apontou-a à vítima. Roubaram-lhe todo o dinheiro, cerca de 400 euros, e fugiram. Por vergonha e medo de repercussões sociais, a vítima optou por não apresentar queixa.
No passado dia 5 de agosto, o lojista estava a trabalhar numa grande superfície de Valongo e voltou a ser abordado por um dos assaltantes, que o ameaçou novamente com uma arma de fogo e lhe exigiu mil euros. O lojista reuniu cerca de 600 euros em algumas horas e entregou-lhos. O ladrão foi-se embora, mas, desta vez, aquele alertou as autoridades. A PJ foi para o terreno e rapidamente conseguiu localizar e deter o suspeito, em São Pedro da Cova, Gondomar, onde reside.
Com estas duas detenções em poucos dias, desta vez o tribunal aplicou-lhe a medida de coação de obrigação de permanência na habitação, sujeita a vigilância eletrónica, tendo recolhido ao estabelecimento prisional até à instalação daqueles dispositivos.