Um homem, aparentemente com perturbações mentais, já terá agredido com grande violência pelo menos quatro pessoas na última semana, na zona do Largo Estêvão Torres, em Santo Ovídio. A PSP já identificou o suspeito. A população vive em pânico e pede medidas urgentes.
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Tem cerca de 40 anos, é entroncado e costuma andar com dois bastões e uma corrente à cinta. Passeia um cão pit bull, sem açaime, e atiça-o a quem passa. Pior: sem qualquer motivo, agride pessoas com um bastão ou uma corrente. Segundo moradores, o homem vive com a mãe e começou a parar ali na zona há cerca de um mês. As agressões começaram na passada semana.
Bateu com ferro na cara
"Bateu-me com um ferro na cara, fraturando-me o maxilar e outros ossos da cara e partindo-me um dente da frente", contou, na sua página de Facebook, Pedro Marques, agredido na tarde da última quarta-feira.
Pedro foi a quarta vítima. A primeira, na segunda-feira, foi um rapaz, espancado no largo. Após ser acudido por transeuntes, fugiu com medo. "Ainda pensamos que fosse só uma rixa ou um negócio esquisito, só depois percebemos que era mais grave", contou uma moradora que não quis ser identificada por temer represálias.
A segunda vítima foi um sem-abrigo, na rotunda de Santo Ovídio. "Passou por ele, e sem mais nem menos, mandou-lhe uma paulada que lhe abriu a cabeça de um lado ao outro", conta uma testemunha. Depois, com um bastão, escondido num saco, agrediu uma rapariga à espera do metro. Pedro foi a quarta vítima.
"Atacou-o por trás e ficou muito mal. Perdeu os sentidos três vezes antes de chegar a ambulância", conta uma pessoa que o assistiu.
A PSP esteve no local e localizou a casa onde o suspeito mora com a mãe. "Ele disse que estava a dormir. A mãe confirmou e a Polícia não pode fazer mais", lamenta uma moradora que, tal como o resto da população tem vivido em pânico nos últimos dias.
"Estamos cheios de medo. Com a pandemia, passam poucas pessoas na rua. A qualquer momento, ele "passa-se" e pode agredir um de nós", confessa um morador.
A PSP já recebeu pelo menos uma queixa e pede a todos os que viram ou foram vítimas de agressão que contactem as autoridades para que seja dado o devido tratamento ao caso.