Homicida da pequena Maëlys Araújo condenado por agredir namorada durante visita na cadeia
Nordahl Lelandais, o homem condenado à prisão perpétua pelo homicídio da criança lusodescendente de oito anos, Maëlys de Araújo, em agosto de 2017, foi sentenciado, esta sexta-feira, pela justiça francesa, a um ano de prisão por agredir a namorada, durante uma visita na cadeia de Ensisheim, no leste de França. Também ficou proibido de contactar o filho, concebido na prisão, em 2023.
Corpo do artigo
O homem, hoje com 42 anos, era acusado de, no passado dia 9 de junho, ter tentado asfixiar a namorada, à frente do filho. O episódio de violência foi captado pelo sistema de videovigilância do estabelecimento prisional e serviu de prova para condenar o homicida da pequena Maëlys.
"Penso que era importante que a criança, que estava ao colo dele no momento da agressão contra a vítima, seja mantida em segurança", disse Jean Richert, procurador do Tribunal de Colmar, após a audiência de julgamento, que decorreu à porta fechada.
Nordahl Lelandais foi colocado na cadeia do leste francês desde 2022. Está a cumprir uma pena de prisão perpétua pelo rapto e homicídio da pequena Maëlys, em 2017. Foi ainda condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio de um militar, a quem deu boleia em 2017 e um ano de prisão por abuso sexual contra uma prima em segundo grau.
Maëlys tinha oito anos
A morte de Maëlys de Araujo chocou França e Portugal, já que a menina desapareceu de uma festa de casamento, na cidade de Pont-de-Beauvoisin, onde estariam cerca de 200 convidados. Passados alguns dias, Nordahl Lelandais foi acusado de sequestro, mas só em 2018 é que o arguido confessou o crime, conduzindo as autoridades ao local onde tinha abandonado o corpo da menina. Lelandais garantiu que apenas tinha esbofeteado a pequena Maëlys de Araujo causando, sem querer, a sua morte. Porém, a autópsia revelou vários golpes fatais na cabeça da criança.