Suspeito da morte de Maëlys de Araújo condenado a 20 anos de prisão por outro homicídio
Nordahl Lelandais, o suspeito da morte de Maëlys de Araújo, lusodescendente de nove anos raptada de junto dos pais em agosto de 2017, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte de um jovem militar e não pretende recorrer da sentença.
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Ao anúncio da sua condenação, na noite de terça-feira, no tribunal de Chambéry, na região francesa da Saboia, Nodahl Lelandais terá ficado "imperturbável", descreveram os jornalistas no local. O homem admitiu matar o jovem militar Arthur Noye e não vai recorrer da sentença de 20 anos de prisão.
"Já defendi muitas famílias de vítimas e sei o que é o sofrimento de um segundo processo para estas famílias. Não recorrer é também respeitar a vítima", argumentou Alain Jakubowicz, advogado de Lelandais.
O Ministério Público francês tinha pedido uma pena de 30 anos devido à "gravidade do homicídio" do militar de 24 anos, mas a família da vítima disse estar "satisfeita" com a condenação.
Volta ao tribunal em 2022
Quanto ao processo de Maëlys de Araújo, a menina lusodescendente de nove anos que desapareceu a 27 de agosto de 2017, quando estava num casamento com os pais, em Pont-de-Beauvoisin, e que viria a ser encontrada morta dias depois, Nordah Lelandais voltará ao banco dos réus em 2022. O francês foi, em setembro desse ano, formalmente acusado de sequestro e, em novembro, foi acusado de homicídio. A 14 de fevereiro de 2018, após a descoberta de sangue da criança no seu carro, Lelandais confessou que a matou "involuntariamente" e levou a Polícia até ao local montanhoso onde enterrou os seus restos mortais. No mês seguinte, na audição pelos juízes de instrução do tribunal de Grenoble, Nordahl Lelandais indicou que a menina entrou no carro para ir ver os seus cães e atribuiu a morte a uma bofetada que lhe deu quando esta entrou em pânico dentro da viatura.
Foi após a detenção do suspeito neste caso que o francês admitiu ter matado Arthur Noyer.
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