Os três indivíduos que participaram no roubo em que o jovem universitário Pedro Fonseca acabou por morrer, em dezembro do ano passado, no Campo Grande, em Lisboa, foram esta segunda-feira, acusados pelo Ministério Público de homicídio, mas também de vários crimes de roubos.
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De acordo com uma nota do Ministério Público (MP), entre pelo menos 19 de outubro e 28 de dezembro do ano passado, em diversas zonas de Lisboa e Sintra, "os arguidos abordaram vários ofendidos, a quem retiraram do modo descrito, os bens que estes detinham, usando-os em proveito próprio e contra a vontade dos ofendidos".
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"Numa das ocasiões, um dos arguidos, com conhecimento e aceitação dos demais, desferiu golpes com uma faca, no tórax, do lado esquerdo, na região lombar esquerda e no flanco esquerdo, de um dos ofendidos, provocando-lhe feridas que foram causa direta e necessária da sua morte, resultado que os arguidos quiseram, previram e com o qual se conformaram", explica ainda o MP, que acusou os três indivíduos de um total de 44 crimes de roubo agravado, roubo simples, homicídio, ofensa à integridade física, de dano, e tráfico de droga. Os três estão em prisão preventiva.
O MP também acusa um quarto indivíduo pelo crime de recetação.
Pedro Fonseca, 24 anos, tinha acabado de se licenciar em engenharia informática e até já tinha encontrado emprego numa firma da zona da Grande Lisboa. Era atleta federado de karaté e a federação da modalidade também expressou as suas condolências.
O pai da vítima é um ex-inspetor da Polícia Judiciária, agora aposentado, que se especializou na investigação a furtos e na viciação de veículos automóveis