O tribunal de Almada absolveu esta quarta-feira um homem que estava acusado de matar a companheira à pancada.
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Vera Silva foi assassinada em casa no Monte da Caparica em janeiro de 2019 e o seu companheiro detido meses mais tarde. Esta quarta-feira, o coletivo de juízes de Almada concluiu que não há provas contundentes contra Cláudio Quintas e criticou ainda testemunhas da acusação por terem mentido. O arguido foi absolvido de homicídio qualificado, invasão de domicílio e violência doméstica.
A prova material que serviu para a detenção de Cláudio Quintas era o seu vestígio de ADN numa unha de Vera, mas o coletivo desvalorizou a prova. Por um lado, era tão ínfimo que desapareceu na análise laboratorial e não foi sequer possível provar que tipo de vestígio era. Por outro, foi provado que Cláudio passou a noite anterior com a vítima e este vestígio podia ter sido transferido de outro local, seja os lençóis da cama da vítima.
Também os testemunhos que deram conta que Vera fez a manicure no dia da morte, limpando assim vestígios da noite anterior foram tidos como mentira. A inspetora da PJ relatou que as unhas da vítima não apresentavam cuidados recentes. O verniz estava mesmo estalado.