Imigrantes no Porto. "Pago 220 euros por mês e as condições são muito más"

O número 322 da Rua do Campo Lindo, no Porto, é uma pequena porta que separa uma garagem coletiva de uma oficina de automóveis. O edifício é vetusto, mas nada na parede de pedra limpa tem relevância suficiente para captar a atenção de quem caminha numa das movimentadas artérias do centro da Invicta. Seria apenas mais um prédio, não fosse a indignidade que grassa no interior.

Ali, entre a sujidade e o cheiro nauseabundo, vivem 12 dos cerca de 460 imigrantes fiscalizados, apenas no último ano, pelo Núcleo de Estrangeiros e Controlo Fronteiriço (NECF) do Porto da PSP. São todos homens e seis partilham um só quarto com beliches feita à medida para aquela e outras cinco divisões dos dois andares do edifício.