Técnicos da Reinserção Social impedidos de usar casa de banho por falta de água
As instalações da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) que, na cidade do Porto, acolhem os técnicos responsáveis pela monitorização da vigilância eletrónica e os técnicos de reinserção social estiveram, nesta quinta-feira, sem água. O sindicato refere que a água foi cortada devido à falta de pagamento e a DGRSP admite um "problema com o abastecimento". Garante, porém, que "no presente momento" em que respondeu às questões colocadas pelo JN não havia "faturas de água por liquidar".
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Em dois edifícios contíguos, mas separados da cidade do Porto trabalham 38 técnicos da DGRSP. A maioria dedica-se ao acompanhamento do processo de reinserção social de antigos reclusos ou presos perto de alcançar a liberdade condicional. E 16 profissionais são responsáveis pela monitorização da vigilância eletrónica imposta por decisões judiciais e têm de controlar os movimentos de centenas de vigiados residentes em diferentes concelhos do Norte do país.
Todos estes técnicos tiveram de trabalhar, nesta quinta-feira, sem água canalizada, o que os impediu, por exemplo, de utilizar a casa de banho.
O Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais refere, ao JN, que a água foi cortada devido ao não pagamento de duas faturas. "Acho lamentável que estas situações estejam a ocorrer e estamos solidários com os profissionais", afirma o presidente Miguel Gonçalves. O dirigente sindical acrescenta que, nesta sexta-feira, vários dos funcionários que usam aquelas instalações da DGRSP vão levar bidões de água para poderem usar as instalações sanitárias.
Problema está a ser resolvido
Miguel Gonçalves critica ainda umas instalações que, diz, estão repletas de infiltrações e obrigam vários dos profissionais a trabalhar abrigados por um guarda-chuva.
Durante a tarde desta terça-feira, a DGRSP confirmava que, "efetivamente", se tinha verificado "um problema com o abastecimento de água às instalações da DGRSP" e avançava que estava a "diligenciar-se no sentido da sua resolução". "Mais se informa que, no presente momento, não há faturas de água por liquidar relativas a estas instalações", acrescentava a DGRSP sem, contudo, explicar o que motivou o problema com o abastecimento de água.
