Mais de 100 guardas e inspetores em buscas na Câmara e casas do presidente e do vice. Cinco milhões não resolveram crime ambiental no rio Ferreira.
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O edifício da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, assim como as residências do edil Humberto Brito e do vice-presidente Paulo Ferreira foram, ontem, alvo de buscas. Numa operação levada a cabo por 100 militares da GNR e 19 inspetores da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), também foi recolhida extensa documentação, computadores, telemóveis e discos rígidos nas habitações e escritórios dos responsáveis da construtura que requalificou a estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Arreigada, do consultor e do projetista da obra, que custou cinco milhões de euros.
Em investigação está um crime de poluição do rio Ferreira causado por uma ETAR que, há cerca de 20 anos, está a fazer descargas ilegais. As autoridades querem saber a razão por que, mesmo após investimentos de milhões de euros, aquele equipamento continua a causar um problema ambiental causador de intensos maus cheiros, água suja e picadelas de mosquitos, que levam um número anormal de pessoas ao centro de saúde.