A irmã de Pedro Dias, Andreia, foi levada pela Polícia Judiciária, esta quarta-feira. "Piloto", suspeito de matar duas pessoas, vai ser ouvido por um juiz, na quinta-feira, às 10 horas.
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Andreia Dias foi levada pela Polícia Judiciária, esta quarta-feira, para ajudar em diligências de buscas numa das casas supostamente usadas por Pedro Dias, e deverá ser, mais tarde, inquirida como testemunha no processo.
Amanhã, é a vez de Pedro Dias prestar declarações. O suspeito dos crimes de Aguiar da Beira é presente na quinta-feira ao Tribunal da Guarda, às 10 horas, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coação.
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Pedro Dias entregou-se às autoridades às 19 horas de terça-feira, a poucos metros da Câmara Municipal de Arouca e perto da casa dos pais e, em direto na RTP.
Foi filmado, algemado, a entrar num carro da polícia, que o transportou para as instalações da Polícia Judiciária (PJ) da Guarda.
Da PJ, onde chegou pela meia-noite de terça-feira, foi conduzido para o Estabelecimento Prisional da Guarda, por volta das 3 horas de quarta-feira, onde vai permanecer até ser ouvido pelo Tribunal, disse à agência Lusa a advogada do suspeito, Mónica Quintela.
Segundo os dois representantes legais de Pedro Dias, Mónica Quintela e Rui Silva Leal, - que vão estar presentes no primeiro interrogatório do arguido detido - no dia em que se entregou, o suspeito foi sujeito a questões processuais, como a constituição como arguido, a leitura dos deveres e dos direitos e "todas as formalidades próprias para este caso".
O suspeito estava desaparecido desde 11 de outubro, data em que dois militares da GNR foram atingidos a tiro, em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda. Um morreu e outro ficou ferido.
Na mesma madrugada, um homem morreu e uma mulher ficou gravemente ferida, depois de terem sido alvejados a tiro na viatura em que seguiam.
A PJ da Guarda adiantou, em comunicado, que o detido é suspeito da autoria de cinco crimes de homicídio qualificado, três dos quais na forma tentada, dois crimes de sequestro, pelo menos dois de roubo e um crime de furto, entre outros, ocorridos desde o dia 11 de outubro e o dia de terça-feira, nas localidades de Aguiar da Beira, Arouca e Vila Real.
No âmbito das investigações, a PJ também constituiu arguida uma mulher, de 61 anos, sobre a qual recaem "fundadas suspeitas de favorecimento pessoal" ao detido.
O homem de 44 anos é ouvido pelo juiz de instrução criminal 30 dias após os crimes que ocorreram a 11 de outubro em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda.