Ex-líder do Boavista está retido no Brasil após apreensão de 578 quilos de cocaína no avião.
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João Loureiro já tem bilhete para viajar de regresso a Portugal, mas ainda se encontra em lista de espera e dificilmente conseguirá deixar o Brasil antes da próxima semana. O antigo presidente do Boavista Futebol Clube, segundo as informações recolhidas pelo JN, ainda não fez o teste à covid-19, que é imprescindível para poder aterrar em solo europeu, vindo daquele país da América do Sul.
Devido à pandemia da covid-19 e a todas as restrições que esta tem provocado no espaço aéreo mundial, a procura de passageiros europeus por voos oriundos do Brasil e destinados ao Velho Continente é muito superior à oferta, pois são poucos os voos semanais que fazem essas ligações. João Loureiro aguarda pela definição de uma data concreta para poder viajar e, quando a tiver, fará então o teste à covid-19. Este tem de ter resultado negativo e ser feito nas 72 horas anteriores à entrada em Portugal.
Certo é que o filho de Valentim Loureiro viajará enquanto decorre a investigação à aeronave onde a Polícia Federal do Brasil (PFB) apreendeu mais de meia tonelada de cocaína, no passado dia 9, e da qual o advogado constava como passageiro. Este voo começou num aeroporto de São Paulo e deveria terminar no Aeródromo de Tires, em Cascais. Mas, em escala no Aeroporto Internacional de Salvador, foram encontrados na fuselagem do avião 578 quilos de droga. O caso está a ser investigado tanto pela PFB como pela Polícia Judiciária portuguesa.
João Loureiro não foi impedido pelas autoridades brasileiras de regressar a Portugal. Segundo afirmou o advogado, foi ele próprio quem decidiu manter-se no Brasil para prestar depoimento sobre este caso. Depois de ser inquirido pela PFB durante quatro horas, anseia agora pelo regresso ao país.
OMNI
Empresa vendida
João Loureiro vendeu uma empresa a um brasileiro para este a usar na compra da OMNI, dona do avião da droga.
Figura da Lava Jato
A TVI noticiou ontem que Delma Kodama, que chegou a ser presa na Operação Lava Jato, esteve na intermediação da venda da OMNI ao brasileiro Rowles Magalhães, mas acabou por passar a pasta a João Loureiro. Fonte próxima deste desmentiu a informação.