O ex-presidente do Boavista está a ponderar recorrer da multa de sete mil euros a que foi condenado, por um crime de abuso de confiança fiscal. Em causa estão mais de 300 mil euros em impostos dos rendimentos de prémios do Bingo 'axadrezado' que foram indevidamente retidos.
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"A decisão do Tribunal, que na prática significa que terei que pagar uma multa de 7000 Euros, que respeito mas com a qual não concordo, é recorrível, pelo que ponderarei com a minha advogada um eventual recurso", reagiu João Loureiro, numa mensagem enviada ao JN.
O ex-presidente axadrezado explica que, "ao tempo dos factos, o Bingo do Boavista estava cedido à exploração por um terceiro, uma empresa internacional especializada, cujo incumprimento originou este processo". Loureiro acrescenta que "há vários motivos para recorrer", mas que, para já, prefere não adiantar.
Ontem, quarta-feira, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto anunciou que o Boavista e João Loureiro foram condenados no Tribunal do Porto por abuso de confiança fiscal através da retenção indevida de mais de 300 mil euros de impostos dos rendimentos de prémios do Bingo 'axadrezado' entre janeiro e maio de 2016.
O Boavista foi punido com uma pena de multa de 6750 euros, enquanto o ex-presidente foi condenado a 28 meses de prisão, suspensa por 30 meses, condicionada ao pagamento da quantia de sete mil euros à Autoridade Tributária no prazo de 28 meses. O Tribunal declarou ainda o perdimento a favor do Estado do montante de imposto não pago.