Contactado pelo JN, o advogado João Loureiro assegura estar "extremamente surpreendido" e até "estupefacto" pela notícia da detenção de Rowles Magalhães Silva. "A imagem que tenho dessa pessoa não corresponde ao que me está a ser informado", justifica.
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O antigo dirigente desportivo aproveita a Operação Descobrimento, realizada na terça-feira, para voltar a clamar inocência relativamente às acusações que lhe foram imputadas. "Reitero o que sempre afirmei. Disse sempre que o futuro falaria melhor do que as minhas próprias palavras e isso está a ser comprovado", sustenta.
Parco em declarações, João Loureiro lembra que o processo em causa continua sob segredo de justiça, mas também recorda que, quando foi detetada mais de meia tonelada de cocaína escondida no jato no qual viajaria para Portugal, fez questão de permanecer no Brasil até prestar declarações à Polícia Federal. E que também insistiu em falar com a Polícia Judiciária quando chegou a Portugal.
João Loureiro era um dos passageiros que iriam viajar para Portugal a bordo do Falcon, propriedade da OMNI Aviation Group. Outro era Mansur Mohamed Ben Barka, espanhol de origem argelina, a quem foi apreendido um veículo, em Tires.
A lista de passageiros inicial contava ainda com o jogador Lucas Veríssimo. Recentemente contratado pelo Benfica, o brasileiro iria aproveitar o voo privado para chegar rapidamente a Lisboa e começar a treinar com os novos companheiros. O adiamento do voo fê-lo, no entanto, optar por um voo comercial com escala em Paris. A mesma solução foi escolhida pelos empresários de futebol Hugo Cajuda e Bruno Macedo, que constavam do manifesto do voo.